Historiando: Império Bizantino

Introdução:

No século IV o Império Romano dava sinais claros da decadência, resultado de uma combinação de gastos crescentes com funcionários, manutenção de estradas, salários dos soldados etc. Além disso, os romanos tornaram-se alvos de ataques dos germanos (habitantes da Germânia, região da Europa Central), que há tempos vinham entrando no Império de várias formas. Com isso, muitas pessoas deixaram a vida urbana e foram para o campo em busca de segurança e trabalho. As cidades esvaziaram e o Ocidente viveu um processo de ruralização.

O Imperador Constantino(313-337) transferiu a capital do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla, em sua homenagem.
Outra tentativa de melhorar o Império foi posta em prática pelo Imperador Teodósio em 395. Ele dividiu o território romano em duas partes: Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla; e Império Romano do Ocidente, com capital em Ravena, depois transferida para Milão.

O Império Bizantino:

Império extenso que abrangia a Grécia, o Egito, Síria, Palestina, Mesopotâmia e Ásia Menor.

Abrigava diferentes povos e culturas.
Embora as pessoas falassem várias línguas, a língua oficial era o grego.
O nome "Bizantino" deriva de Bizâncio, antiga colônia grega, sendo posteriormente elevada a capital pelo Imperador Constantino e, rebatizada de Constantinopla.
Conhecida como Porta do Oriente, a cidade de Constantinopla estava entre a Europa e a Ásia, entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro, favorecendo trocas comerciais entre Ocidente X Oriente.
A religião cristã fundamentava o poder do Imperador, seu poder era uma teocracia, ou seja, ele considera-se representante de Deus.
Com o título de basileus, o Imperador era visto por seu povo como uma figura sagrada.
Era o Imperador também que escolhia o patriarca de Constantinopla, o cargo mais alto na Igreja Bizantina e o segundo no Império.

O Governo de Justiniano:

O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565).
Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente.
Compilação das leis romanas (Corpus Juris Civilis/ Corpo do Direito Civil) , obra extensa formada de 4 partes:

Revolta de Niké: Ocorre no hipódromo da cidade, devido aos altos impostos cobrados. A população gritava Niké, que em grego significa vitória. Durou cerca de uma semana e resultou na morte de 35 mil rebeldes.
Construção da catedral de Santa Sofia.

A Questão Iconoclasta:

O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos.
Outra expressão da religiosidade bizantina era a crença nas relíquias e os ícones (imagens pintadas os esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos).
Os principais fabricantes de ícones eram os monges, que enriqueciam com essa atividade.
Em 726, o Imperador Leão XIII, proibiu o culto aos ícones e ordenou a destruição dos mesmos por todo o Império.
A população bizantina se dividiu entre os favoráveis e os que eram contrários a ícones. Essa disputa ficou conhecida como Questão Iconoclasta.

Cisma do Oriente:

Em 1054, após rivalidades crescentes entre Roma e Bizâncio , fez com que a Igreja Cristã se dividisse em duas: Igreja Católica Apostólica Romana, chefiada pelo papa; e Igreja Cristã Ortodoxa Grega, chefiada pelo patriarca.
Essa separação é conhecida como Cisma do Oriente.
A partir do século XI, o Império Bizantino começou a perder territórios para diferentes povos, até a sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos otomanos.

A Arte Bizantina:

Influência da arte grega, romana e oriental, além da forte inspiração religiosa.
Mosaicos: principal expressão bizantina - com muito dourado e imagens de frente.
O Imperador e demais autoridades do Império também eram representados em mosaicos e, para dar uma ideia de santidade, os artistas lhe colocavam auréolas envolvendo suas cabeças.

Imperador Justiniano em mosaico do século X.

Basílica de Santa Sofia. Istambul/ Turquia.

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