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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O Antigo Regime e a Formação das Monarquias Nacionais.

Características do Antigo Regime  (XV ao XVIII)
O Antigo Regime pode ser caracterizado por três elementos principais:
  • Absolutismo: O poder político se concentrava na mão de um rei. Não havia divisão de poderes e nem um conjunto de leis escritas que o monarca devesse obrigatoriamente seguir.
  • Mercantilismo: Conjunto de práticas econômicas do período que era, geralmente, controlada pelo Estado. O absolutismo e o mercantilismo coexistiram no tempo e no espaço. Características do Mercantilismo:
  • Metalismo: valorização do ouro e da prata como medida de riqueza de um Estado.
  • Balança comercial favorável: O Estado deveria exportar (vender) mais do que importar (comprar).
  • Protecionismo: Aumento dos impostos sobre os produtos estrangeiros a fim de torná-los mais caros, favorecendo os produtos nacionais.
  • Incentivo a novas atividades econômicas, comércio e navegações.
  • Sociedade Estamental: No Antigo Regime, as posições sociais eram definidas pelo nascimento, característica de uma sociedade estamental, onde era muito difícil a mobilidade entre as classes sociais. 
Principais teóricos do Absolutismo:
  •  Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:
  •  Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes. Segundo ele, o direito do rei tem origem divina, daí sua teoria ser chamada de Teoria do Direito Divino dos Reis.
  •  Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, " O Príncipe",  onde defendia o poder dos reis. De acordo com as ideias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: " Os fins justificam os meios."
  •  Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a ideia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.
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Capa da edição original da obra Leviatã. Repare que o rei acumula o poder temporal, representado pela espada na sua mão direita; e o poder espiritual, representado pelo cajado, na sua mão esquerda.

 A Formação das Monarquias Nacionais.

Fatores Gerais:
  • Crise no sistema feudal;
  • Renascimento comercial e urbano;          
  • A partir do século XI, houve um revigoramento do comércio e das cidades no Ocidente, favorecendo o surgimento de um novo grupo social, a burguesia.
  • Renascimento Cultural;
  • Declínio da Igreja.
Características:
  • Soberania;
  • Território definido;
  • Formação de exército nacional;
  • Formação de uma burocracia;
  • Impostos nacionais;
  • Organização de uma justiça nacional;
  • Idioma comum;
  • Unificação monetária;
  • Estado centralizado;
  • Mercantilismo;
  • Absolutismo.
A Monarquia Inglesa:
  • Teve início com a dinastia Plantageneta. (é o sobrenome de um conjunto de monarcas ingleses, que reinaram entre 1154 e 1399)
  • Henrique II ( 1154-1189) - centralização do poder; exigiu que as questões fossem julgadas pelo tribunal do rei e não pelos tribunais da nobreza(locais).
  • Ricardo Coração de Leão, filho de Henrique II, (lutava nas cruzadas) – rei ausente;
  • João-sem-Terra, irmão Ricardo Coração de Leão, possuía uma autoridade fraca, envolveu-se em guerras longas e onerosas, além de ter perdido parte significativa das terras que a sua família possuía na França.
  • Revolta da nobreza ( para cobrir os gastos nas guerras, o rei obrigou seus vassalos a pagar tributos cada vez maiores). Reagindo a essa cobrança abusiva, os nobres se rebelaram e obrigaram a rei a assinar a  Magna Carta em 1215.
  • Henrique III (1216-1272) desrespeitou a Magna Carta, ocasionando assim, mais uma revolta da nobreza e contou agora também com a participação da burguesia. Essa revolta, resultou na Criação do Parlamento (1265), que foi dividido em duas câmaras:
  1. Câmara dos Lordes: grandes nobres e alto clero.
  2. Câmara dos Comuns: pequena nobreza e burgueses.
  • Na Inglaterra, as ideias mercantilistas começaram a ser aplicadas durante a dinastia Tudor (1485-1603), especialmente no reinado de Elisabeth I (1558-1603), época áurea do absolutismo inglês. Ela incentivou o comércio marítimo, a marinha e as atividades manufatureiras do país.
A Monarquia Francesa:
  • Felipe Augusto (1180-1223): incorporou terras por meio  da compra de casamentos arranjados e da guerra. Para a capital do reino escolheu a cidade de Paris.
  • O rei Luís IX ( 1226-1270), conhecido depois como São Luís, deu continuidade nesse processo  aumentando os territórios e criando uma moeda única.
  • Felipe IV, o Belo (1285-1314), exigiu que todos os membros da Igreja pagassem impostos. 
  • A Guerra dos Cem Anos e as guerras de religião (XVI), a exemplo a Noite de São Bartolomeu, também colaboraram para o fortalecimento do poder real na Europa.
  • Henrique IV(1589) : as guerras entre católicos e protestantes (hungetones-calvinistas franceses), chegaram ao fim, quando o rei renunciou ao protestantismo com a célebre frase: "Paris bem vale uma missa". Nove anos depois, Henrique IV, assinou o Edito de Nantes que concedia liberdade religiosa aos protestantes.
  • o rei Luís XIV (1661-1715), concentrou enormes poderes "Létat c´est moi" (o Estado sou eu), cuidou minuciosamente da construção da sua imagem pública para fortalecer a sua autoridade. Foi o rei com maior representações na história do Ocidente. Construção do Palácio de Versalhes durante o seu reinado.



Luís XIV, conhecido também como o Rei  Sol. 
  • Luís XIV, nomeou para ministro de finanças Jean Baptiste Colbert, membro de uma família burguesa, que adotou uma política mercantilista conhecida como colbertismo. Essa política mercantilista estimulou a economia da França, mas não conseguiu equilibrar as contas do país. 
  • Além disso, o rei assinou em 1685, o Edito de Fontainebleau, que proibiu a liberdade de culto aos protestantes, levando muitos deles a saírem da França com seus capitais e a ir para outros países, como Suíça, Inglaterra ou Holanda.
As Monarquias Ibéricas:
  • Guerra da Reconquista (a partir do século X): expulsão dos árabes muçulmanos da Península Ibérica. Organizada pelos nobres, militares, clero e ricos comerciantes. Reinos participantes: Leão, Castela, Aragão e Navarra.
Portugal:
  • União de D. Henrique de Borgonha (nobre francês) e Teresa (filha de Afonso VI rei de Castela). Dessa união e por sua luta contra os árabes muçulmanos, recebeu do rei de Leão e Castela o Condado Portucalense (dote);
  •  D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique de Borgonha, rompeu com o Reino de Leão e Castela   declarando independência do condado em 1139, que passou a se chamar Reino de Portugal.
  • D. Afonso Henriques se consagra o primeiro rei de Portugal, e dando início à Dinastia de Borgonha ou Afonsina.
Espanha:
  • Em 1469, os reis cristãos Fernando (do Reino de Aragão)  e Isabel ( do Reino de Castela) se casam e uniram suas terras e seus esforços no combate aos árabes.
  • Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel reconquistaram Granada, último reduto árabe na Península Ibérica, consolidando assim a formação do Reino da Espanha.
  • No século XVI, a Espanha foi considerada a nação mais rica da Europa.